Duzentos e cinquenta quilómetros para cada lado é longe para as patinhas de um gato. A viagem, obviamente, foi de carro. Nem uma média de um vómito em cada cem quilómetros lhe demoveu o interesse pela viagem e por descobrir quem eram as raparigas. Para ele nunca foi possível entender porque é que não estamos todos juntos.
A Mafalda hoje também vive mais tempo em outra cidade onde estuda. Estudar é uma expressão muito vasta. Na linguagem do caloiro acabado de chegar a uma grande cidade, cheia de qualidades, tentações, valores e até uma universidade, estudar pode significar, amigos, copos, noites, noites copos, namorado, dormir pouco ou o possível, comer, quase sempre mal, fazer amor com o namorado, comer, copos; estudar por vezes... e correr tudo mal lá na universidade.
A Mok continua a ser o ser só dela. A individualidade secreta, a imagem do pai nas suas piores coisas e até em algumas mais aceitáveis como o gosto pelo Metal e pelo Gótico, especialmente o Sinfónico.
Hoje em dia a Mafalda tem um gato, o Tobias, que tal como o Fred, é um gato cibernauta. Fala várias vezes com ele, embora por vezes seja por telemóvel. Além de se dar bem com gatos que vivem no telhado da casa dele, também fala esporádicamente com o Gatin e Gaton, dois gatos que conheceu em Espanha.
As meninas do Papy estão sempre na lembrança do Fred e quando raramente o papy as vai ver, o Fred tem sempre a esperança que ele o leve, mas quando o papy sai com a malinha e diz xauz, o Fred sabe que uma vez mais não foi e uma vez mais vai ter que ficar com uma lágrima a olhar para uma porta fechada
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